As Disfunções Mentais de Nettwerk van Helsing
terça-feira, novembro 15, 2005
 
Ôh Natal ê quândo um hômem queser!
Se vocês estão a ler isto, isso significa tenho um gorro do Pai Natal enfiado na cabeça, para ver se consigo imitar milhões de pessoas por esse país fora e entrar no espírito natalício já em Novembro.
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Hmm, ná, não está a fazer efeito. *atira o gorro janela fora*
Vamos lá a ver uma coisa. O raio do Natal é daqui a 40 dias, salvo descontos, e já se vêm as lojas com os enfeites da praxe, os centros comerciais todos aperaltados para as grandes festas que aí vêm, as empresas a lançarem novamente grandes campanhas para os putos fazerem a cabeça em água aos pais por causa do brinquedo que apareceu na TV? Com que cara vão chegar as criancinhas ao próximo dia 25, com água na boca para os presentes, para depois os pais lhes dizerem: "-Não, Joãozinho, o Natal é só daqui a um mês." "-Mas oh mãe, o Natal não é dia 25?" "-Sim, filhote, mas é de Dezembro; nós ainda estamos em Novembro..." "-Oh."
Eu acho que a culpa das operações natalícias durarem uns dois meses é da responsabilidade dos chineses. É que...
"Ôh! Dos chineses?"
Uhm... yah. Aqui ao pé de mim há uma loja de chineses (aliás, há muitas, mas isso é irrelevante para agora). Ora, eram fins de Outubro e esta loja já apareceu enfeitada como se o Pai Natal aparecesse dentro de uma semana... Depois, enfim, acho que é senso comum que os locais, para não se ficarem atrás com a concorrência asiática, resolveram partir todos para a decoração.
Claro que pode ser, ao mesmo tempo, uma estratégia para tentar combater a sempre presente crise nos bolsos portugueses. Mesmo que as pessoas, no fim de contas, não comprem muito, tendo em conta que o período natalício foi expandido, no fim de contas sempre poderão dizer: "-Neste período de Natal tivemos um aumento de vendas em relação ao período do ano passado." Mas se fizermos todos os anos o mesmo, o que acabamos por ter? Acabamos um Natal e já começamos a decorar as lojas para o Natal do ano que vem? Um ano em volta do Natal? F...! Ao menos podiam arranjar outra altura para colocar no topo dos feriados... por exemplo, o feríado de todos os excessos e abusos, o Ano Novo (o Carnaval não conta, que é importado). Mesmo por causa dos excessos.
Porque os excessos é que fazem girar o mundo. Mas isso é outra história.

Boas prendinhas.

(devo confessar que a inspiração para este título partiu dum texto do meu amigo Autómato sobre o... Gabriel Alves. Não que ele seja o Pai Natal: mas se calhar com uma roupita vermelha e umas barbas... dava para enganar uns putos)

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