As Disfunções Mentais de Nettwerk van Helsing
segunda-feira, maio 02, 2005
 
Oláááááááááááááá!!!!!
Bom, após duas semanas de mutismo, finalmente me resolvi a voltar a acrescentar aqui umas linhas. Ultimamente até me tenho sentido melhor dos meus problemas, até voltei a escrever nas minhas histórias (que talvez um dia vos revele), e e hoje inclinei-me para o lado dum dos (senão o) eventos mais importante de música electrónica em Portugal: o Olá Love 2 Dance.

Decerto este meu comentário nem existiria, se, por acaso, o cabeça de cartaz não fosse quem é. Mas afinal, é por causa dele que lá vou aparecer, porque me apetece ver Tiësto ao vivo e a cores. Afinal, ele é um dos meus produtores/DJ's preferidos. É uma daquelas oportunidades raras de se ouvir música electrónica de jeito. Farto já estou eu daquele eurodance comercial que enche as compilações de tuning, que passa nos carrinhos de choque (e que provocou a designação de "música de carrinhos de choque" a tudo o que tenha "puntz puntz") e que lá faz a sua aparição na MTV. Basicamente, é sempre a mesma coisa. Mas enfim.

"Tiësto vem a Portugal!! O DJ nº 1 do mundo! WooooOOOOOOOOOOO!!"

Quanto a essa história de Tiësto ser o nº 1, bom... É verdade que Tijs Verwest sabe como fazer bons sons, tem dado muita credibilidade ao Trance pelo mundo fora. Mas da má fama não se livra ele! É que correm rumores que o holandês apenas se limitou a meter o seu nome em algumas músicas creditadas como suas, enquanto os amigos/parceiros/engenheiros de som é que faziam a melodia. Verdade ou não, um facto é que uma das suas músicas mais emblemáticas, "Suburban Train" é bastante semelhante a uma faixa de um outro produtor holandês, Kid Vicious (ou Ronald van Gelderen, se preferirem), que não gostou da brincadeira, processou-o e ganhou (por isso é que nos créditos da "Suburban Train", aparece que esta foi escrita por Tijs Verwhest e Ronald van Gelderen).
De qualquer modo, a sua fama já chegou alto. Foi o primeiro DJ a efectuar um concerto num estádio (Tiësto In Concert, 10 de Maio de 2003 no estádio do Vitesse, em Arnhem), o primeiro DJ a actuar nos Jogos Olímpicos (em 2004, Atenas) e o primeiro a conseguir ser, em três anos consecutivos, o nº 1.
Mas afinal de contas, donde vem esta história dele ser o nº 1?
Pois bem, a votação para esse título é efectuada por uma revista inglesa, a DJ Mag, que por bandas de Outubro abre no seu site um espaço onde os utilizadores podem nomear os DJ's que foram melhores durante esse ano. Tudo bem até aqui. O problema é que, no fim de contas, esta votação acaba por ser mais um escrutínio sobre quem é mais popular, ou quem tem mais fãs. Portanto, se formos a ser bem precisos, ser o nº 1 não significa que se é o melhor: significas apenas que se tem carradas de adeptos.

Boas danças.

(para finalizar, um comentário para todos os cabeças-duras que dizem que trance é para meninos, pastilhados e afins: se quiserem utilizar o mesmo critério mencionado anteriormente, ou seja, a votação da DJ Mag, no Top 5 aparecem 4 DJ's de Trance... será da pastilha?)

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